domingo, 16 de fevereiro de 2014

Custos fixos, variáveis e despesas, os grandes vilões - Publicado em 17/04/2012 em Transpo on Line

Outro dia conversava com um grande amigo sobre as grandes transportadoras que
foram exemplos em sua época, e hoje já não estão mais no cenário do TRC. Nomes
como Tresmaiense, Don Vital, Di Gregório, Transfarma, Transpampa e muitas outras
que fomos lembrando.
A grande dúvida foi: Por que elas não estão mais no cenário do TRC? O que será que
aconteceu para que gigantes fossem encolhendo até sumirem?
Uma parte delas sem dúvidas sumiram em virtude do despreparo dos herdeiros, que
não souberam, ou não quiseram dar continuidade ao negócio.
Outras não tiveram interesse em operar em um País que, além de continental, ainda
as obrigava a conviverem com uma inflação absurda.
A maior parte, porém, imagino que não foram capazes de controlar seus custos de
uma forma eficiente, ou seja, não conseguiram custear de forma efetiva os valores de
seus fretes.
Não é preciso ser gênio para imaginar que muitas vezes estas transportadoras
transportaram com margens negativas, o que na prática é um “tiro no pé”.
O frete deve cobrir uma série de despesas e de custos, e ainda oferecer lucro.
Os grandes transportadores sabem fazer isso muito bem, mas os pequenos
normalmente deixam de computar uma série de custos, muitas vezes por medo de
perderem o cliente, e outras por não se atentarem a todas as variáveis envolvidas, que
no final, fazem a diferença.
A maior parte dos pequenos transportadores convivem com despesas pequenas,
portanto, elas não influenciam de forma ampla o resultado, sendo assim, deixemo-nas
para o final.
O grande problema então passa a ser os custos, tanto os fixos como os variáveis.
A diferença entre custos fixos e variáveis é que, os variáveis deixam de existir quando
os veículos param e os fixos existem independentemente de quanto os veículos
rodam.
Existe uma série de fatores que precisam ser levados em conta na hora de apurar os
custos, para os variáveis, podemos citar, combustível, pneus, peças e manutenção,
lubrificantes da transmissão, do diferencial e do motor, bem como graxas e lavagens.
Os dois maiores são respectivamente combustíveis e pneus, portanto, atenção
dobrada aos dois.
Para os custos fixos, devemos citar, salários e encargos, reposição do veículo,
remuneração mensal sobre o capital empatado, IPVA, DPVAT e licenciamento, seguro
do equipamento e seguro de responsabilidade civil facultativo.
Seguro do veículo e equipamentos, e salários e encargos normalmente são os maiores.
Somando-se todos estes itens, chegaremos ao total de custos gerados.
As despesas normalmente são aluguel de imóveis, energia elétrica, água, IPTU,
telefone, e outras que não estão ligadas diretamente aos veículos.
Somando-se então os custos fixos, com os variáveis e com as despesas, apuramos
então o total gasto, que deverá ser acrescido da margem de lucro pretendida.
Atenção, seguro da carga e pedágios são de responsabilidade do embarcador,
portanto, cobre dele.

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