quinta-feira, 24 de maio de 2018

Carta aberta ao senhor presidente da CNTA, Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, Diumar Deléo Cunha Bueno.


Barueri, 24 de maio de 2018.

Carta aberta ao senhor presidente da CNTA, Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, Diumar Deléo Cunha Bueno.

Prezado senhor.
Nesse momento, em que os brasileiros que residem em território nacional, sentem os efeitos da paralisação que os caminhoneiros, principalmente os autônomos, fazem em todo o Brasil, entramos em contato com o senhor e a CNTA para expor o que segue abaixo:
Desde muito pequeno sou apaixonado por caminhões e pelo transporte rodoviário de cargas, e, em virtude dessa paixão, trabalhei quase 30 anos nesse setor, como embarcador e também como transportador, portanto adquiri expressiva experiência nesses anos.
Em 2014, resolvi empreender, e desenvolvi o Lucrei no Frete, aplicativo capaz de calcular todos os custos fixos e variáveis que um transportador terá, permitindo que ele tome a decisão correta, carregar a carga, caso haja lucro, ou deixá-la “no chão”, caso não haja prejuízo.
Esse aplicativo foi apresentado aos principais jornalistas do setor na FENATRAN de 2015, e a resposta foi muito boa, todos entenderam que ele seria de grande importância para o setor.
Logo depois, o aplicativo estava disponível e operacional no seguinte link:


Nesses quase três anos, conseguimos destaque nas principais mídias, inclusive em reportagens nos programas Pé na Estrada, com o jornalista Jaime Alves, e no programa Brasil Caminhoneiro, com o jornalista Fernando Richeti e contamos com um número expressivo de usuários.
Para sua apreciação, disponibilizamos abaixo os links com os vídeos, peço que veja ambos com atenção:



Entendemos que, conhecer o verdadeiro custo total para prestação de um serviço é fundamental para formação do preço de venda desse serviço, e por isso, nosso aplicativo tem grande importância.
Prezado, o transporte rodoviário de carga é serviço, e como tal, deve ter seu preço definido pelo acréscimo de margem de lucro, suficiente para cobrir as despesas e sobrar dinheiro, à soma dos custos fixos e variáveis.
Ainda preocupados em melhorar a vida dos caminhoneiros, em setembro de 2016, desenvolvemos algo que entendemos ser fundamental para atingir uma grande parcela desses trabalhadores, a Tabela Nacional de Custo de Frete.
Essa tabela é baseada em duas grandezas, os custos fixos, medidos em tempo, e os custos variáveis, medidos em distância.
Entendo que, baseado no custo médio que a tabela aponta, deva ser acrescida margem de lucro, maior em um sentido e menor em outro, mas, essa margem nunca deverá se negativa.
De lá para o começo de 2018, melhoramos nossa tabela e chegamos a um modelo que consideramos ideal.
A partir daí, iniciamos uma corrida para tentar disponibilizar essa tabela nas mãos dos caminhoneiros. Fizemos um orçamento para imprimir e distribuir nossa tabela, e os números não estão ao nosso alcance, cerda de R$150.000,00, cento e cinquenta mil reais.
Contatamos em fevereiro desse ano, jornalistas que são ativos na área e pedimos apoio, mas não obtivemos sucesso e o apoio pretendido, principalmente financeiro e na divulgação.
Contatamos então uma montadora de caminhões, também pedindo apoio financeiro, sem sucesso.
Contatamos ainda, em fevereiro de 2018, o CEO do mais importante grupo de mídia voltada aos caminhoneiros, detentor de duas revistas e de um programa televisivo, e ouvimos dele que a hora dessa publicação não era aquela.
Importante deixar claro que todos os contatos e documentos de nossa peregrinação estão a sua disposição para apreciação e análise.
Na segunda-feira, 21 de maio de 2018, no início da paralisação dos caminhoneiros, tivemos contato com sua Tabela Custo de Frete - Maio/2018, publicada em 15 de maio do mesmo ano.
Ficamos surpresos com a coincidência, afinal, a CNTA existe desde 2005 e nunca pensou em tal solução.
Analisando sua tabela, concluí que ela é falha, e não atende as necessidades dos caminhoneiros autônomos, mas, mesmo assim, ficamos extremamente felizes, pois sua publicação mostra que estamos no caminho certo, e que saímos à sua frente.
A razão do meu entendimento, só explico ao senhor ou a alguém de sua indicação.
Valor do Diesel é parte da solução e não depende de nós, definição de frete é outra parte, e só depende de nós.
Essa carta será publicada em todos os grupos de WhatsApp, Facebook e em outros que estejam ao alcance de caminhoneiros, bem como será enviada ao email comunicacao@cntabr.org.br e aos emails: imprensa@sestsenal.org.br, amanda@fenacat.org.br e contato@fecone.org.br.

Obrigado pela atenção.

Augusto Dantas
11 982 9560356

sábado, 19 de maio de 2018

Lucrei no Frete



Para divulgar meu aplicativo, o Lucrei no Frete, tenho visitado vários locais em que haja concentração de caminhoneiros autônomos.
Em minha vista ao Terminal de Cargas Fernão Dias no dia 23 de fevereiro de 2016, pude ter certeza de duas coisas, a primeira é como o frete está ruim, cheguei a ver um frete para truck, com exigência de rastreador e trava no baú, de São Paulo a Goiânia, sendo que, só em função de carga e descarga, seriam consumidas 48 horas, por R$2.100,00, detalhe, os pedágios estavam incluídos nesse valor.
Na ponta do lápis, serão cerca de R$745,41 de prejuízo, fora as despesas de refeições, café, pernoites, banhos, pedágio (que já estava incluso no valor) e outras que dependerão dos hábitos do motorista.
A segunda é que estou convicto que embarcadores ainda não atentaram para a calamidade que acontecerá em breve.
Autônomos deixarão o mercado, e logo, estes embarcadores dependerão, na maior parte, de grandes transportadores, aí, começará o maior de todos os problemas, e isso não é profecia, é lógica.
Com absoluta certeza, o frete subirá a níveis assustadores, tornando inviáveis grande parte dos pequenos negócios que dependem dos autônomos para levar seus produtos aos pontos consumidores, e elevará substancialmente o preço de insumos que dependem do caminhão em função da alta do frete, e esses insumos são 99,9% do que consumimos em nosso dia a dia.
A jornalista Paula Toco já havia atentado para o problema do “sumiço” dos motoristas em seu ótimo livro E Se Eles Sumirem?
“Chegar em casa, tomar um vinho e comer uma massa é um pequeno prazer do dia a dia, mas não seria possível desfrutá-lo se cada um tivesse que buscar sua própria massa na Itália, seu vinho na Argentina, os tomates do molho em Goiás e os móveis da casa em Minas Gerais. É para trazer e levar tudo que usamos no dia a dia que trabalham os caminhoneiros”.
Nunca o transportador autônomo de carga passou por situação tão difícil, fretes baixos e em número insuficiente, preço do Diesel, pneus e manutenção do veículo nas alturas e um eterno pagar...
O caminhoneiro paga para dormir, para tomar banho, para comer, para o chapa, para descarregar e carregar, para estacionar e procurar carga, para o agenciador, para ter registro na ANTT, muitas vezes, para a corrupção de quem deveria garantir a segurança nas estradas, paga o pedágio, que é responsabilidade do embarcador, e agora terá que pagar para fazer exame toxicológico, provando que não consume drogas.
E o que sobra para os caminhoneiros?
O que sobra, mal dá para sobreviver, quanto mais para fazer a manutenção, guardar para substituir seu veículo por um mais novo, ou fazer poupança para enfrentar alguma situação futura.
Nos próximos dois anos, muitos autônomos deixarão o mercado, alguns desistirão da profissão, outros quebrarão, outros ficarão com nomes sujos e não conseguirão mais carregar, e outros perderão seus caminhões, pois não conseguirão pagar as prestações.
Hoje, tem mais caminhão do que carga, o que empurra o frete para baixo.
E quem sobreviverá? Os que forem mais eficientes e os que conseguirem passar por esta crise, e, quando o número de autônomos diminuir, os que ficarem, se tornarão mais fortes, pois serão menos caminhões do que cargas, o que empurrará o frete para cima.
Economizar é fundamental, é preciso fazer o Diesel render o máximo possível, além de sempre procurar o melhor preço e o produto com mais qualidade. Cuidar dos pneus, fazendo com que eles rendam mais, e ter atenção especial com as carcaças para o recape seja eficiente e dure mais.
Preparar seu próprio alimento, economizando nas refeições. Pesquisar os preços antes de comprar produtos e serviços. Se programar para tentar abastecer nos postos onde irá dormir e pernoitar, aproveitando o banho e pernoite grátis para clientes que abastecem.
Fazerem parte de associações, que possibilitem acesso a bens e serviços com preços mais baixos.
Além disso, saber exatamente quanto sobrará ou faltará no frete antes de dizer sim é fundamental para continuar no mercado.
Salário e encargos, reposição do veículo, remuneração mensal sobre o capital empatado, IPVA, DPVAT e licenciamento, seguro do Equipamento e de responsabilidade civil facultativo, esses são os itens que representam os custos fixos, que você terá que pagar mesmo com o caminhão parado.
Você sabia que nas viagens médias, com cerca de 1.000 km, os custos fixos representam quase a metade de todos os custos?
Combustível, pneus e recapagens, lubrificantes do motor, lubrificantes da transmissão, lubrificantes do diferencial, lavagem e graxas, peças, material de manutenção e acessórios.
Estes são os custos variáveis, e eles aumentam à medida que o caminhão roda mais, podendo chegar a mais de 60% nas viagens mais longas.
Caminhão é um negócio, e como qualquer negócio, para que tenha futuro, é preciso dar lucro.
Você é capaz de calcular todas estas variáveis antes de dizer sim a uma proposta de frete?
Se a resposta for não, você precisa rever com urgência seu negócio, ou se preparar para procurar outra atividade, pois você fará parte dos que deixarão de ser autônomos.
www.lucreinofrete.com.br, garantido o lucro do seu frete.
Proteção divina a todos, nos vemos na próxima edição.
Abril de 2016.

Entenda como a falta de eficiência para solucionar o chamado “custo Brasil” pode desencadear em uma série de graves problemas para a economia nacional


Entenda como a falta de eficiência para solucionar o chamado “custo Brasil” pode desencadear em uma série de graves problemas para a economia nacional

Venho atuando no transporte rodoviário de cargas nos últimos 22 anos, porém, tenho estudado o tema por pelo menos 35 anos. Em março de 2012, escrevi o texto “Os Grandes Entraves no Transporte Rodoviário de Cargas”, publicado originalmente pelo portal de notícias Transpoonline.
Nesse texto, fiz um alerta para os nove maiores problemas que o transporte rodoviário de cargas enfrentava: excessivo número de empresas no setor; “comoditização” do produto transporte; má conservação das estradas; roubo de cargas; pesada carga tributária; pouca carga de retorno; avançada idade da frota; altos tempos para carga e descarga e excesso de peso. Não pretendo explicá-los novamente, basta acessar e ler o texto.
http://papodeboleia.blogspot.com.br/2014/02/os-grandes-entraves-no-transporte.html
O Brasil está muito próximo de um colapso total no transporte rodoviário de cargas (TRC). Um dos maiores problemas do país é a distribuição desigual do PIB, o que obriga o envio de grandes volumes de mercadorias do Sul e Sudeste em direção ao Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sem que existam os mesmos volumes em sentido inverso. Isso causa um desequilíbrio de veículos que, muitas vezes, ficam dias parados a espera de cargas, ou retornam com fretes que não cobrem os mais básicos custos.
apenas 17,63% do território brasileiro. Devemos ainda levar em consideração que, na região Centro-Oeste, grande parte de seu PIB é formado pelo agronegócio, já que a região produz 41% dos grãos brasileiros, escoados parte por transporte ferroviário,
e parte por caminhões graneleiros. Muitas vezes, trabalham com ciclo perfeito, levando adubo ou fertilizantes em um sentido e voltando com grãos no outro, deixando parados os baús, necessários para o transporte de alimentos dos estados do Sul e Sudeste para a região.
Na região Norte, a exceção é o Estado do Amazonas, que tem o ciclo invertido em função da Zona Franca de Manaus. Devido à sua baixa densidade demográfica, exige pouca carga saída do Sul e Sudeste e necessita de grande volume de caminhões,
sobretudo baús, saindo em direção às outras regiões. Já o Pará tem seu PIB reforçado em função da produção de minério de ferro, movimentado exclusivamente pelo modal ferroviário, sendo comum caminhões ficarem dias parados aguardando carga. Os outros estados da região também apresentam sérios problemas de desequilíbrio no TRC.
Como se não bastasse, o “motor” do TRC, o diesel, tem sido reajustado acima dos outros combustíveis. De acordo com a ANP, em janeiro de 2002 o preço médio da gasolina no Sudeste era de R$1,354 e o do diesel era de R$0,735, ou seja, o Diesel.
O que é preciso?
Renovar a frota com urgência, com juros subsidiados e longos prazos de pagamento, com seis meses de carência após recebimento do veículo e implemento. O BNDES existe para impulsionar negócios dentro do Brasil. A idade média da frota nas mãos dos autônomos é superior a 17 anos e, quanto mais velho é o veículo, maior o custo para mantê-lo rodando.
Portanto, os mais velhos devem receber o benefício primeiro.
A ANTT deve rever todos os registros de TAC, que deve ser dado somente para autônomos. E só é possível ser autônomo quando se tem um único veículo e o motorista é o proprietário.
Somente deveria ser concedido um registro de TAC por CPF.
Se um único CPF tem vários registros de TAC, deve ser forçado a migrar para ETC, com todas as obrigações, fiscais e trabalhistas. É preciso deixar claro, TAC é TAC e ETC é ETC. O Ministério do Trabalho deve criar meios de fiscalizar a falta de registro em CTPS dos trabalhadores no TRC, principalmente os que dirigem veículos com registro de TAC na ANTT e não são os donos destes veículos.
Deve somente conceder novos registros para transportadores se o interessado provar que tem conhecimento técnico para exercer atividade no setor, que precisa se profissionalizar com urgência. Fazer com que a Lei nº 10.209, ou Lei do Vale Pedágio seja cumprida. Se o Estado é ativo para fiscalizar o que o onera, deve ser também ativo para fiscalizar o que onera o trabalhador.
A criação de cursos técnicos de ensino médio públicos para a formação de Técnicos na Condução de Veículos de Transporte, preparando jovens para se tornarem futuros gestores na condução de veículos de cargas, é algo realmente importante e necessário.
Também é imprescindível a recuperação imediata da malha rodoviária, fiscalização do excesso de peso e da jornada de trabalho, incentivo à iniciativa privada para criação e
manutenção de espaços de descanso, desassociados dos postos de abastecimentos ao longo das rodovias, com controle de entrada de veículos e pessoas, prestação de serviços diversos e com cobrança de valores viáveis. Entendo que as
medidas citadas amenizarão e retardarão o iminente colapso.
Sra. Presidente, Sr. Ministro, é preciso olhar o TRC com imensa atenção, já que este representa mais de 61% de toda carga transportada, de acordo com a CNT, e seu fortalecimento é crucial para o Brasil.
Muito obrigado.

Caminhoneiros, greve e tabela de frete, essa é a solução?


Entenda como a falta de eficiência para solucionar o chamado “custo Brasil” pode desencadear em uma série de graves problemas para a economia nacional

Venho atuando no transporte rodoviário de cargas nos últimos 22 anos, porém, tenho estudado o tema por pelo menos 35 anos. Em março de 2012, escrevi o texto “Os Grandes Entraves no Transporte Rodoviário de Cargas”, publicado originalmente pelo portal de notícias Transpoonline.
Nesse texto, fiz um alerta para os nove maiores problemas que o transporte rodoviário de cargas enfrentava: excessivo número de empresas no setor; “comoditização” do produto transporte; má conservação das estradas; roubo de cargas; pesada carga tributária; pouca carga de retorno; avançada idade da frota; altos tempos para carga e descarga e excesso de peso. Não pretendo explicá-los novamente, basta acessar e ler o texto.
http://papodeboleia.blogspot.com.br/2014/02/os-grandes-entraves-no-transporte.html
O Brasil está muito próximo de um colapso total no transporte rodoviário de cargas (TRC). Um dos maiores problemas do país é a distribuição desigual do PIB, o que obriga o envio de grandes volumes de mercadorias do Sul e Sudeste em direção ao Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sem que existam os mesmos volumes em sentido inverso. Isso causa um desequilíbrio de veículos que, muitas vezes, ficam dias parados a espera de cargas, ou retornam com fretes que não cobrem os mais básicos custos.
apenas 17,63% do território brasileiro. Devemos ainda levar em consideração que, na região Centro-Oeste, grande parte de seu PIB é formado pelo agronegócio, já que a região produz 41% dos grãos brasileiros, escoados parte por transporte ferroviário,
e parte por caminhões graneleiros. Muitas vezes, trabalham com ciclo perfeito, levando adubo ou fertilizantes em um sentido e voltando com grãos no outro, deixando parados os baús, necessários para o transporte de alimentos dos estados do Sul e Sudeste para a região.
Na região Norte, a exceção é o Estado do Amazonas, que tem o ciclo invertido em função da Zona Franca de Manaus. Devido à sua baixa densidade demográfica, exige pouca carga saída do Sul e Sudeste e necessita de grande volume de caminhões,
sobretudo baús, saindo em direção às outras regiões. Já o Pará tem seu PIB reforçado em função da produção de minério de ferro, movimentado exclusivamente pelo modal ferroviário, sendo comum caminhões ficarem dias parados aguardando carga. Os outros estados da região também apresentam sérios problemas de desequilíbrio no TRC.
Como se não bastasse, o “motor” do TRC, o diesel, tem sido reajustado acima dos outros combustíveis. De acordo com a ANP, em janeiro de 2002 o preço médio da gasolina no Sudeste era de R$1,354 e o do diesel era de R$0,735, ou seja, o Diesel.
O que é preciso?
Renovar a frota com urgência, com juros subsidiados e longos prazos de pagamento, com seis meses de carência após recebimento do veículo e implemento. O BNDES existe para impulsionar negócios dentro do Brasil. A idade média da frota nas mãos dos autônomos é superior a 17 anos e, quanto mais velho é o veículo, maior o custo para mantê-lo rodando.
Portanto, os mais velhos devem receber o benefício primeiro.
A ANTT deve rever todos os registros de TAC, que deve ser dado somente para autônomos. E só é possível ser autônomo quando se tem um único veículo e o motorista é o proprietário.
Somente deveria ser concedido um registro de TAC por CPF.
Se um único CPF tem vários registros de TAC, deve ser forçado a migrar para ETC, com todas as obrigações, fiscais e trabalhistas. É preciso deixar claro, TAC é TAC e ETC é ETC. O Ministério do Trabalho deve criar meios de fiscalizar a falta de registro em CTPS dos trabalhadores no TRC, principalmente os que dirigem veículos com registro de TAC na ANTT e não são os donos destes veículos.
Deve somente conceder novos registros para transportadores se o interessado provar que tem conhecimento técnico para exercer atividade no setor, que precisa se profissionalizar com urgência. Fazer com que a Lei nº 10.209, ou Lei do Vale Pedágio seja cumprida. Se o Estado é ativo para fiscalizar o que o onera, deve ser também ativo para fiscalizar o que onera o trabalhador.
A criação de cursos técnicos de ensino médio públicos para a formação de Técnicos na Condução de Veículos de Transporte, preparando jovens para se tornarem futuros gestores na condução de veículos de cargas, é algo realmente importante e necessário.
Também é imprescindível a recuperação imediata da malha rodoviária, fiscalização do excesso de peso e da jornada de trabalho, incentivo à iniciativa privada para criação e
manutenção de espaços de descanso, desassociados dos postos de abastecimentos ao longo das rodovias, com controle de entrada de veículos e pessoas, prestação de serviços diversos e com cobrança de valores viáveis. Entendo que as
medidas citadas amenizarão e retardarão o iminente colapso.
Sra. Presidente, Sr. Ministro, é preciso olhar o TRC com imensa atenção, já que este representa mais de 61% de toda carga transportada, de acordo com a CNT, e seu fortalecimento é crucial para o Brasil.
Muito obrigado.