sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

As férias chegaram - Publicado em 07/01/2013 em Transpo on Line

As férias chegaram, e com elas, as estradas lotadas de turistas procurando os mais diversos destinos com seus carros abarrotados.
Normalmente, esta época traz uma série de transtornos aos caminhoneiros, que são obrigados a, além de enfrentarem um substancial aumento no tráfego, também precisam conviver com a falta de habilidade e a pouca experiência dos motoristas em férias. O número de acidentes acompanha o aumento do tráfego, e os caminhoneiros também são obrigados a conviver com congestionamentos nas estradas em função do aumento do número de veículos.
Já é tradição nesta época ver as cabines dos caminhões dos autônomos lotadas, já que muitas vezes suas mulheres e filhos os acompanham pelas estradas afora.
Já para os empregados, a companhia na cabine em suas viagens dependerá das empresas em que eles trabalham.
Grande parte delas não permite aos seus motoristas levarem consigo qualquer tipo de carona. Existe um problema jurídico em relação a esta questão, já que, em caso de acidente com ferimentos ou mesmo morte, o carona não mantêm qualquer relação profissional com a empresa, e isso significa transtornos.
Algumas empresas entretanto, permitem as caronas, e outras se fazem de “cegas”, ou seja, “não sei de nada”.
A profissão de caminhoneiro é sem dúvida, a mais solitária de todas. Mesmo um segurança que trabalhe sozinho em um cofre subterrâneo, após o expediente volta para casa e pode ficar junto aos seus.
O caminhoneiro, ao término de seu expediente, muitas vezes é obrigado a ter como companhia somente seu rádio PX, seu DVD e uma pequena televisão, quando ele tem estes confortos.
Levando em consideração a nova Lei 12.619, que institui o descanso obrigatório e tempo máximo de direção, entendo que a solidão dos caminhoneiros aumentará, não só em função das paradas obrigatórias, mas também em função do aumento dos tempos de viagem.
Considero sadio permitir que o motorista leve um acompanhante em suas viagens. Entendo que com alguém querido na cabine, dificilmente o motorista abusará da velocidade, criará situações de risco e manterá longos períodos na direção.
Normalmente a presença de sua companheira ajuda a superar a solidão, o torna mais responsável e cria nele um sentimento de necessidade de proteção.
Defendo a presença da família acompanhando os profissionais da estrada, desde que não exista desrespeito à legislação de trânsito. Cinto de segurança individual é indispensável, bem como os equipamentos de proteção às crianças como cadeirinhas.
Desta forma, acredito que haverá uma diminuição do número de acidentes nas estradas e também um aumento na satisfação dos profissionais que delas dependem para sobreviverem.
Um feliz 2013 a todos!

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