Para divulgar meu aplicativo, o Lucrei
no Frete, tenho visitado vários locais em que haja concentração de
caminhoneiros autônomos.
Em minha vista ao Terminal de Cargas
Fernão Dias no dia 23 de fevereiro de 2016, pude ter certeza de duas coisas, a
primeira é como o frete está ruim, cheguei a ver um frete para truck, com
exigência de rastreador e trava no baú, de São Paulo a Goiânia, sendo que, só
em função de carga e descarga, seriam consumidas 48 horas, por R$2.100,00, detalhe,
os pedágios estavam incluídos nesse valor.
Na ponta do lápis, serão cerca de
R$745,41 de prejuízo, fora as despesas de refeições, café, pernoites, banhos,
pedágio (que já estava incluso no valor) e outras que dependerão dos hábitos do
motorista.
A segunda é que estou convicto
que embarcadores ainda não atentaram para a calamidade que acontecerá em breve.
Autônomos deixarão o mercado, e logo,
estes embarcadores dependerão, na maior parte, de grandes transportadores, aí,
começará o maior de todos os problemas, e isso não é profecia, é lógica.
Com absoluta certeza, o frete
subirá a níveis assustadores, tornando inviáveis grande parte dos pequenos
negócios que dependem dos autônomos para levar seus produtos aos pontos consumidores,
e elevará substancialmente o preço de insumos que dependem do caminhão em
função da alta do frete, e esses insumos são 99,9% do que consumimos em nosso
dia a dia.
A jornalista Paula Toco já havia
atentado para o problema do “sumiço” dos motoristas em seu ótimo livro E Se
Eles Sumirem?
“Chegar em casa, tomar um vinho e
comer uma massa é um pequeno prazer do dia a dia, mas não seria possível
desfrutá-lo se cada um tivesse que buscar sua própria massa na Itália, seu
vinho na Argentina, os tomates do molho em Goiás e os móveis da casa em Minas Gerais.
É para trazer e levar tudo que usamos no dia a dia que trabalham os caminhoneiros”.
Nunca o transportador autônomo de
carga passou por situação tão difícil, fretes baixos e em número insuficiente, preço
do Diesel, pneus e manutenção do veículo nas alturas e um eterno pagar...
O caminhoneiro paga para dormir, para
tomar banho, para comer, para o chapa, para descarregar e carregar, para
estacionar e procurar carga, para o agenciador, para ter registro na ANTT, muitas
vezes, para a corrupção de quem deveria garantir a segurança nas estradas, paga
o pedágio, que é responsabilidade do embarcador, e agora terá que pagar para
fazer exame toxicológico, provando que não consume drogas.
E o que sobra para os caminhoneiros?
O que sobra, mal dá para
sobreviver, quanto mais para fazer a manutenção, guardar para substituir seu
veículo por um mais novo, ou fazer poupança para enfrentar alguma situação
futura.
Nos próximos dois anos, muitos
autônomos deixarão o mercado, alguns desistirão da profissão, outros quebrarão,
outros ficarão com nomes sujos e não conseguirão mais carregar, e outros
perderão seus caminhões, pois não conseguirão pagar as prestações.
Hoje, tem mais caminhão do que carga,
o que empurra o frete para baixo.
E quem sobreviverá? Os que forem mais
eficientes e os que conseguirem passar por esta crise, e, quando o número de
autônomos diminuir, os que ficarem, se tornarão mais fortes, pois serão menos
caminhões do que cargas, o que empurrará o frete para cima.
Economizar é fundamental, é
preciso fazer o Diesel render o máximo possível, além de sempre procurar o melhor
preço e o produto com mais qualidade. Cuidar dos pneus, fazendo com que eles
rendam mais, e ter atenção especial com as carcaças para o recape seja
eficiente e dure mais.
Preparar seu próprio alimento,
economizando nas refeições. Pesquisar os preços antes de comprar produtos e
serviços. Se programar para tentar abastecer nos postos onde irá dormir e pernoitar,
aproveitando o banho e pernoite grátis para clientes que abastecem.
Fazerem parte de associações, que
possibilitem acesso a bens e serviços com preços mais baixos.
Além disso, saber exatamente
quanto sobrará ou faltará no frete antes de dizer sim é fundamental para
continuar no mercado.
Salário e encargos, reposição do veículo,
remuneração mensal sobre o capital empatado, IPVA, DPVAT e licenciamento, seguro
do Equipamento e de responsabilidade civil facultativo, esses são os itens que
representam os custos fixos, que você terá que pagar mesmo com o caminhão
parado.
Você sabia que nas viagens
médias, com cerca de 1.000 km, os custos fixos representam quase a metade de
todos os custos?
Combustível, pneus e recapagens, lubrificantes
do motor, lubrificantes da transmissão, lubrificantes do diferencial, lavagem e
graxas, peças, material de manutenção e acessórios.
Estes são os custos variáveis, e
eles aumentam à medida que o caminhão roda mais, podendo chegar a mais de 60%
nas viagens mais longas.
Caminhão é um negócio, e como
qualquer negócio, para que tenha futuro, é preciso dar lucro.
Você é capaz de calcular todas
estas variáveis antes de dizer sim a uma proposta de frete?
Se a resposta for não, você
precisa rever com urgência seu negócio, ou se preparar para procurar outra
atividade, pois você fará parte dos que deixarão de ser autônomos.
www.lucreinofrete.com.br, garantido
o lucro do seu frete.
Proteção divina a todos, nos
vemos na próxima edição.
Abril de 2016.
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